Desvendando o Mercado Financeiro
Mesa Sem Filtro: LCI/LCA, Imposto de Renda e as Polêmicas que Mexem com seu Bolso!
Bem-vindos à nossa resenha, que a gente gosta de chamar de Mesa Sem Filtro. A ideia aqui é simples: uma conversa aberta, com liberdade para todo mundo falar o que pensa, sem medo de errar. Se sair uma besteira? A gente edita depois! 😉
Vamos falar sobre os assuntos quentes que pintaram no noticiário e como eles podem impactar a política, a economia e, claro, os seus investimentos.
A Reviravolta da Tributação de LCI e LCA: O Imposto que "Caducou"
A gente já estava com o roteiro pronto para falar sobre a nova tributação da LCI e LCA. Seria 5%, 7% ou 18%? A especulação estava a todo vapor. Mas, como no Brasil as coisas mudam de uma hora para outra, acordamos com uma notícia surpreendente: a Medida Provisória (MP) que previa a mudança "caducou".
Isso mesmo! O Congresso não votou a tempo, e a regra antiga continua valendo: LCI e LCA seguem isentas de imposto de renda. O que parecia uma vitória para o investidor virou uma dor de cabeça para o governo, que agora tem um rombo fiscal de cerca de 40 bilhões para cobrir.
A reação foi imediata. O presidente Lula, em entrevista, mostrou sua indignação, afirmando que "quem foi derrotado não foi o governo, foi o povo". A narrativa é que o imposto seria uma forma de transferir riqueza. Mas, como um dos nossos debatedores lembrou com ironia, "o povo estava ansioso por mais um imposto para pagar, né?". A verdade é que quem investe em LCI/LCA geralmente não faz parte da base eleitoral que o governo considera "povo".
E não para por aí! O governo já mira em um novo alvo: as fintechs. O discurso é que elas "estão grandes demais" e precisam contribuir mais. Como se já não pagassem impostos, né? Mas a conversa para o público é outra.
Aumento da Isenção do Imposto de Renda: Bom para Quem?
Outro tema que deu o que falar foi o aumento da faixa de isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5.000. À primeira vista, parece uma ótima notícia, certo? E, de fato, é uma correção monetária necessária. Com a inflação nas alturas, quem ganhava R$ 2.000 há alguns anos hoje precisa de R$ 5.000 para comprar as mesmas coisas.
O problema é a conta que não fecha. O governo abre mão de uma arrecadação de quase R$ 30 bilhões por ano. A pergunta que fica é: vão cortar gastos em ano de eleição? A resposta parece óbvia: com certeza não. A estratégia parece ser a da minha avó: "o que é um peido para quem já está cagado?". Empurra o problema para o futuro e torce para se reeleger.
Essa manobra aumenta o risco Brasil, afasta investidores e pressiona os juros futuros, dificultando a queda da taxa Selic. É como diz o ditado improvisado na nossa mesa: "roubam o teu carro e te dão uma carona até em casa".
O Shutdown nos EUA: O que Isso Significa?
Mudando de ares, mas não de preocupação, falamos sobre o shutdown nos Estados Unidos. De forma simples, é a paralisação de serviços públicos considerados "não essenciais" porque o Congresso não aprova o orçamento. Já estamos no nono dia e a situação começa a impactar o serviço aéreo. Para resolver o impasse, o governo precisa de 60 votos no Senado, mas só tem 53. A negociação promete ser longa.
O Caso do COE da Ambipar: Quando o Investimento Vira Pó
Para fechar, um assunto espinhoso que deixou muito investidor no prejuízo: o COE (Certificado de Operações Estruturadas) da Ambipar. Prometido como uma grande oportunidade, o investimento derreteu. Um cliente que tinha R$ 5 mil viu seu dinheiro virar R$ 600. Uma desvalorização de 90%!
O COE nasceu com uma boa ideia: permitir investir em ativos complexos, como a bolsa americana, com capital protegido. O problema é que o mercado "evoluiu" (entre muitas aspas). Começaram a surgir COEs sem capital protegido, vendidos com a mesma narrativa de segurança. O resultado? Desastroso.
De quem é a culpa? Do banco que estruturou? Do assessor que vendeu? A verdade é que a culpa é distribuída em várias camadas. Mas, como disse uma pessoa sábia, a responsabilidade final é do investidor que "delargou" seu dinheiro na mão de outro sem entender os riscos. Um dos nossos especialistas foi direto ao ponto: o repasse para o assessor nesse produto chegava a 10%. Uma comissão altíssima que explica muita coisa.
A lição que fica é: a profissão de assessor de investimentos tem uma barreira de entrada baixa, e nem todos têm o conhecimento ou a empatia para cuidar do seu patrimônio, que muitas vezes representa 20 ou 30 anos de trabalho duro. Antes de investir, pergunte, estude e entenda onde você está colocando seu dinheiro. Peça para seu assessor explicar o básico: retorno esperado, liquidez e segurança.
E aí, curtiu nosso bate-papo sem filtro? Fique ligado para as próximas edições!